sábado, 15 de setembro de 2012

14/09/2012 - Puerto Maldonado PE - Cusco PE - 500Km

Depois da chuva que caiu na noite, a temperatura ficou melhor, saímos as 05:00h rumo a Cusco numa rodovia perfeita, uma paisagem linda, asfalto impecável, bem sinalizada, totalmente sem buracos e quando existia qualquer falha no asfalto, lá estavam os funcionários da Construtora Odebrecht consertando esse pequeno problema. Andamos por volta de 200Km antes de pegar a pré cordilheira e nesse trajeto muitos vilarejos do garimpo, uma pobreza total. Quando comecamos a subir essa pré cordilheira ou uma grande serra, fiquei abismado, foram 250Km de curvas muito fechadas e um asfalto perfeito, parecia um autodromo, pra quem gosta um jogo de pneus novos nao duraria o percurso todo, eles iriam se desgastar totalmente nas laterais. Deve ser o sonho de consumo do pessoal que gosta de deitar o cabelo nas curvas. Em seguida comecamos a subir a cordilheira com o mesmo asfalto e a temperatura caindo e a altitude subindo chegando a 4742 metros de altitude indicado no meu GPS, quando chegamos a 4000 m paramos para trocar as luvas e colocar mais roupas, pois o frio chegou a 5 graus e ficou variando de 5 a 12 graus durante toda a passagem sobre a cordilheira que é por volta de 100Km. Eu nao passei mal por causa da altitude, mas a Magna comecou a ter uma pressao no peito e um pouco de dor de cabeca, até aí tudo bem, paramos para comer num desses vilarejos pequenos e para variar a Magna gosta de comer coisa novas. Quando chegamos a Cusco lá pelas 16:00h fomos seguindo as placas que indicava o centro historico e quando chegamos lá, coloquei o endereco do Hotel no GPS e fomos seguindo esse aparelhinho que hora te ajuda hora te ferra, dito e feito, me ferrou... nao contava com as ruas de Cusco serem projetadas para qualquer coisa menos motos ou carros, elas sao de pedras escorregadias e muito estreitas e com um transito maluco que nao respeitam ninguem. Numa dessas tentativas de achar o hotel, pedi informacao a um guarda que me infomou que era a rua da minha frente (uma subidona) agradeci em fui em frente, de repente ele comeca a assoviar dizendo que era contramao e que eu tinha que voltar, ai eu fiquei macho, comecei a xingar ele em portugues porque imaginem eu descer de ré a moto com 500Kg de peso num piso de pedra escorregadio e nao tinham como virar moto de frente, ali parecia que seria o fim da viagem com a minha moto tombando em cima de mim e ninguem para ajudar, so ficavam olhando, mas no fim deu tudo certo e consegui sair daquele buraco sem  deixar a moto cair.
Depois um cidadao chamado Walter me abordou me oferecendo um cochera (garagem) para guardar moto porque para minha feilicidade, o hotel nao tinha cochera e la vai eu de novo andar de moto pelo centro historico com o cara na minha garupa e os dois sem capacetes e  as policiais me enchendo o saco por causa dos capacetes, mas como ele conhecia todo mundo acabava ficando pra la. Quando consegui guardar a moto numa cochera de um hotel, fomos caminhando ate o hotel em que estava hospedado que por sinal ficava na parte alta da cidade e enquanto isso a Magna foi a pe através das ruas estreitas e ingrimes ate o Hotel, encontrei ela deitada na cama com muitas dores de barriga e vomitos, fiz um cha de coca para ela tomar, mas nao deu nenhum resultado, continuava com as dores e nauseas até 21:00h quando resolvi chamar um médico no hotel que a examinou e resolveu interná-la. Depois de alguns exames, o medico diagnosticou Mal das Alturas e a Bacteria Salmonella, passamos a noite na clinica e estamos até agora...12:00h. Ela esta bem melhor e espero até a tarde ja ter alta, mas se ela nao melhorar, ela vai voltar de aviao e eu voltarei sozinho infelizmente.

 
 
 



 
 
 
 

 
 
 
 
 
 
 

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